quarta-feira, 27 de maio de 2015

Monte Albán: lugar sagrado da história zapoteca

 
No dia 13 de maio, fizemos uma visita a um dos locais mais sagrados da região de Oaxaca, o sítio arqueológico Monte Albán, onde também conhecemos o museu do Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH).
Enquanto subíamos a montanha - as ruínas de Monte Albán se encontram elevadas 400m em relação aos três vales de Oaxaca – fomos deixando para trás nossa curiosidade turística e nos conectando com a memória do povo Zapoteca, as raízes de sua sabedoria e espiritualidade. Acredita-se que nome original do lugar seria Danibaan: “Montanha Sagrada” ou Danibéeje: “Colina do Jaguar”.  

A visão do alto da colina é de tirar o fôlego! Desde a cidade que havia ali, capital dos Zapotecas - estima-se que atingiu 35.000 habitantes em seu apogeu entre os anos 500 a.c e 800 d.c - era possível observar grandes distâncias. Hoje vemos a urbanidade brotando nos vales, casas aparentemente penduradas no corpo da montanha (que resistem a terremotos!), o movimento e as cores de Oaxaca, lugar de cultura mestiça como o Brasil.
No museu vimos o panorama geral da história de Monte Albán contada através de objetos cerimoniais antigos, estelas de pedra gravadas, fotos das pinturas encontradas no interior de tumbas construídas ali, além de crânios que passaram por misteriosas intervenções cirúrgicas para mudar sua forma e mutilações dentárias.
Caminhamos pelo campo adornado por sua árida vegetação embaixo de um sol forte. O sítio tem árvores acolhedoras, debaixo das quais os vistantes descansam e meditam em silêncio sentindo a energia do lugar. Neste lugar encontramos o Zapoteco Filadelfo, homem de meia idade artesão, guia local e contador de histórias do seu povo e do lugar. 
Adquirimos um instrumento ritualístico gravado com símbolos sagrados e o Zapoteco contador de historia imprimiu a historia e a energia dos simbolos. No instrumento com som de maraca (ou chocalho) estão representados os ciclos da vida, os animais de poder, os quatro elementos, o maiz (milho, alimento nutritivo e sagrado) que cresce em direção ao céu e a união do masculino e feminino que materializa o espírito em direção a terra. A montanha generosa nos conta e nos oferece a cura através das plantas medicinais do lugar: hierba del cancer, arnica, flores de guayaba...

Monte Albán é um importante sítio arqueológico situado a cerca de dez quilómetros de Oaxaca de Juárez, estado de Oaxaca, México. Trata-se de uma das mais antigas cidades pré-hispânicas, tendo sido capital dos Zapotecas, e cujo apogeu se verificou entre os anos 500 a.C. e 800. Estima-se que a sua população tenha atingido os 35 000 habitantes e foi construída sobre uma colina cujo topo foi aplanado pelos seus construtores e que se encontra elevada 400m relativamente aos três vales de Oaxaca o que permitia aos seus habitantes a observação da região circundante até grandes distâncias. Monte Albán (espanhol para monte branco) era conhecida pelos zapotecas como Danipaguache (montanha sagrada da vida) e os astecas chamavam-lhe Ocelotepec (montanha do jaguar). O sítio de Monte Albán foi declarado Património Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1987.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário