No
dia 13 de maio, fizemos uma visita a um dos locais mais sagrados da
região de Oaxaca, o sítio arqueológico Monte Albán, onde também
conhecemos o museu do Instituto Nacional de Antropologia e História
do México (INAH).

A
visão do alto da colina é de tirar o fôlego! Desde a cidade que
havia ali, capital dos Zapotecas - estima-se que atingiu 35.000
habitantes em seu apogeu entre os anos 500 a.c e 800 d.c - era
possível observar grandes distâncias. Hoje vemos a urbanidade
brotando nos vales, casas aparentemente penduradas no corpo da
montanha (que resistem a terremotos!), o movimento e as cores de
Oaxaca, lugar de cultura mestiça como o Brasil.
No
museu vimos o panorama geral da história de Monte Albán contada
através de objetos cerimoniais antigos, estelas de pedra gravadas,
fotos das pinturas encontradas no interior de tumbas construídas
ali, além de crânios que passaram por misteriosas intervenções
cirúrgicas para mudar sua forma e mutilações dentárias.
Caminhamos pelo campo adornado por sua árida
vegetação embaixo de um sol forte. O sítio tem árvores
acolhedoras, debaixo das quais os vistantes descansam e meditam em
silêncio sentindo a energia do lugar. Neste lugar encontramos o
Zapoteco Filadelfo, homem de meia idade artesão, guia local e
contador de histórias do seu povo e do lugar.
Adquirimos um
instrumento ritualístico gravado com símbolos sagrados e o Zapoteco
contador de historia imprimiu a historia e a energia dos simbolos. No
instrumento com som de maraca (ou chocalho) estão representados os
ciclos da vida, os animais de poder, os quatro elementos, o maiz
(milho, alimento nutritivo e sagrado) que cresce em direção ao céu
e a união do masculino e feminino que materializa o espírito em
direção a terra. A montanha generosa nos conta e nos oferece a cura
através das plantas medicinais do lugar: hierba del cancer, arnica,
flores de guayaba...
Monte
Albán é um importante sítio arqueológico
situado a cerca de dez quilómetros de Oaxaca de Juárez, estado de Oaxaca,
México.
Trata-se de uma das mais antigas cidades pré-hispânicas,
tendo sido capital dos Zapotecas,
e cujo apogeu se verificou entre os anos 500
a.C. e 800.
Estima-se que a sua população tenha atingido os 35 000 habitantes e
foi construída sobre uma colina cujo topo foi aplanado pelos seus
construtores e que se encontra elevada 400m relativamente aos três
vales de Oaxaca o que permitia aos seus habitantes a observação da
região circundante até grandes distâncias. Monte Albán (espanhol
para monte branco)
era conhecida pelos zapotecas como Danipaguache
(montanha sagrada da vida) e os astecas
chamavam-lhe Ocelotepec
(montanha do jaguar).
O sítio de Monte Albán foi declarado Património Cultural da
Humanidade pela UNESCO
em 1987.
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